Serra do Contente é ilha de mata atlântica no meio do Agreste nordestino

(Foto: Reprodução / TV Globo)Uma mata de 900 hectares, protegida por uma muralha natural de dois quilômetros de extensão. Essa é uma definição sucinta para a Serra do Contente, descoberta da equipe do Nordeste Viver e Preservar localizada em Gravatá, no Agreste pernambucano. A reserva fica no ponto mais alto da cidade, a 700m acima do nível do mar.Nesse brejo de altitude, bromélias nascem no topo de árvores centenárias e os jardins de flores tropicais são regados pelas nascentes e pelo riacho que corta a mata. “Essa altitude vai sempre barrar os ventos q vêm do oceano atlântico e promover a continuidade das chuvas”, diz a bióloga Maria José da Hora.Essa floresta nativa preservada – a originária Mata Atlântica do Agreste – está a sete quilômetros de distância de Gravatá, que é vista do alto. Como se não fosse bom o suficiente o fato de a região estar preservada, o melhor é que parte da mata vai se transformar em reserva particular de patrimônio natural (RPPN). Os donos do terreno estão esperando autorização do Instituto Chico Mendes.A idéia da preservação veio de Mário Alves, que tinha dívidas a pagar com a natureza: ex-caçador arrependido, ele decidiu acabar com seu lado predador para se transformar num ambientalista.“Comecei a mudar o comportamento de uns oito anos pra cá e com esse resgate, decidimos, eu e meu irmão, comprar uma propriedade aqui nessa área de mata atlântica e a começar a fazer um projeto ecológico em cima dessa idéia de preservação. Resgatar esse nosso débito com a natureza, buscando trazer educação para as pessoas, fazer daqui um pólo de educação, de inserção social, para quem sabe daqui a 10 anos não haver mais caçadores”, explica.Dentro da floresta, um paredão de quase dois quilômetros de extensão protege a vegetação do vento. As árvores crescem perto das rochas e, muitas vezes, raízes e pedras se misturam. Em outro contraste, uma árvore de 30m de altura abriga a menor abelha brasileira, segundo a bióloga Maria José da Hora.“Essa é a abelha jati, nativa, a menor que temos no Brasil. Ela produz uma quantidade de mel muito pequena, cerca de um copo ao ano, mas a comunidade do entorno utiliza o mel porque acredita que é medicinal”, diz a especialista.Mas não são apenas as abelhas que circulam na Serra do Contente: gaviões de rabo barrado cortam o céu e as cavernas escondem rastros de jaguatiricas, animal quase extinto na região: ossadas de tatus, cotias, quatis e porcos selvagens provam que mas elas caçam e vivem bem nesse ecossistema preservado de maneira exemplar. Mais

Fonte,360graus

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